O par GBP/USD negociou com cautela na noite de quarta-feira e ao longo da quinta-feira, apesar de vários catalisadores fundamentais. Essa hesitação foi, em grande parte, resultado do fato de o mercado já ter antecipado as informações recebidas. Na noite de quarta-feira, o Federal Reserve decidiu manter a taxa de juros inalterada. Durante a coletiva de imprensa, Jerome Powell afirmou que o Fed não cederia às sugestões do presidente Donald Trump. Essas preocupações estavam no centro das atenções dos investidores, e as respostas fornecidas foram exatamente o que todos esperavam.
Vale lembrar que Trump já manifestou sua intenção de pressionar o Fed para cortar as taxas de juros. Durante seu primeiro mandato, ele frequentemente instou o banco central a reduzir as taxas, mas Powell e sua equipe mantiveram a independência da instituição diante dessas provocações. Nossa expectativa era de que essa postura permanecesse inalterada, embora ainda houvesse algumas dúvidas. Afinal, Powell não será presidente do Fed para sempre, e Trump poderia oferecer-lhe uma extensão do mandato em troca de maior alinhamento com suas políticas. No entanto, como demonstrado, Powell parece não estar interessado nesse tipo de acordo. Como resultado, o dólar norte-americano reafirmou seu potencial de valorização contra seus concorrentes em 2025. Por outro lado, espera-se que o Banco Central Europeu (BCE) reduza as taxas para 2% até o verão, enquanto o Banco da Inglaterra (BoE), com reunião marcada para a próxima semana, está se preparando para implementar até quatro cortes nas taxas.
Diante desses desenvolvimentos, é importante destacar que a recente valorização da libra e do euro nas últimas três semanas é apenas uma fase corretiva. Já havíamos alertado anteriormente que uma correção era iminente no gráfico diário e que provavelmente seria bastante expressiva. Portanto, não nos surpreenderia se o GBP/USD continuasse a subir por mais algumas semanas ou até por um período mais longo. A libra poderia facilmente alcançar a faixa de 1,27–1,28 apenas com base nesses movimentos corretivos. No entanto, essa tendência de alta não mudará a perspectiva técnica geral, nem terá uma justificativa fundamental sólida.
A economia britânica continua tão fraca quanto a economia europeia, e o Banco da Inglaterra (BoE) adota uma postura muito mais dovish em comparação com a Reserva Federal (Fed). Então, o que está impulsionando a força da libra? Neste momento, o mercado parece estar avaliando se deve continuar a correção ou retomar a tendência de baixa. Além disso, temos uma linha de tendência e o indicador Ichimoku, que sugerem a direção da tendência em todos os prazos. Mesmo no gráfico horário, ainda não está claro se a tendência de alta das últimas três semanas chegou ao fim.
Além disso, a reunião do BoE está marcada para a próxima semana. Uma postura mais dovish por parte do banco central aumenta a probabilidade de que a queda da libra continue sem atingir a faixa de 1,27–1,28. Embora Donald Trump tenha, sem dúvida, influenciado o dólar dos EUA, uma correção era inevitável de qualquer forma. Ao observar os gráficos diários, até mesmo a recente valorização do euro e da libra parece relativamente fraca. Assim, embora Trump possa ter desencadeado a queda do dólar, a correção já era esperada.
A volatilidade média do par GBP/USD nos últimos cinco dias de negociação é de 91 pips. Para o par libra/dólar, esse valor é considerado "médio". Portanto, na sexta-feira, 31 de janeiro, esperamos um movimento dentro da faixa limitada pelos níveis de 1,2367 e 1,2549. O canal de regressão linear superior permanece direcionado para baixo, sinalizando uma tendência de baixa. O indicador CCI entrou na área de sobrecompra e formou uma divergência de baixa. A expectativa é de uma retomada da tendência de baixa.
Níveis de suporte mais próximos:
S1 – 1.2451
S2 – 1.2390
S3 – 1.2329
Níveis de resistência mais próximos:
R1 – 1.2512
R2 – 1.2573
R3 – 1.2634
Recomendações de negociação:
O par de moedas GBP/USD está atualmente em uma tendência de queda de médio prazo. Não recomendamos assumir posições de compra neste momento, pois acreditamos que todos os fatores que sustentam a moeda britânica já foram amplamente considerados pelo mercado, e não há novos catalisadores para o crescimento.
Se você estiver negociando com base apenas em indicadores técnicos, as posições compradas poderão ser consideradas caso o preço ultrapasse a média móvel, com alvos nos níveis de 1,2512 e 1,2549. No entanto, as ordens de venda ainda são mais relevantes, com metas em 1,2207 e 1,2146. Para isso, é necessária uma consolidação firme abaixo da média móvel.
Explicação das ilustrações:
Os canais de regressão linear ajudam a determinar a tendência atual. Se ambos os canais estiverem alinhados, isso indica uma forte tendência.
A linha de média móvel (configurações: 20,0, suavizada) define a tendência de curto prazo e orienta a direção da negociação.
Os níveis de Murray funcionam como níveis-alvo para movimentos e correções.
Os níveis de volatilidade (linhas vermelhas) representam a faixa de preço provável para o par nas próximas 24 horas com base nas leituras de volatilidade atuais.
Indicador CCI: Se entrar na região de sobrevenda (abaixo de -250) ou na região de sobrecompra (acima de +250), ele sinaliza uma iminente reversão de tendência na direção oposta.